Presidente Biden fala em coletiva de imprensa sobre a variante Ômicron
- Monica Coscarella
- 29 de nov. de 2021
- 6 min de leitura
Com a chegada da COVID-19 e, consequentemente, a pandemia, 2020 foi o ano em que o mundo parou. Fronteiras fechadas, as pessoas em quarentena em casa e a incerteza sobre esse novo vírus.

Graças a Deus, sobrevivemos e hoje nos vemos vacinados, com fronteiras abertas, viagens compradas e muita esperança no coração que novos tempos melhores virão.
Acontece que recentemente, o tema da variante do coronavírus, Ômicron, voltou à tona e está sendo altamente discutido e falado.
Hoje foi dia de Coletiva de Imprensa e reunimos aqui as informações oficiais divulgadas pela Casa Branca e outros veículos de comunicação.

Aproveitamos e reunimos aqui todas as informações fresquinhas para você ficar por dentro, e de olho aberto sobre a mutação, transmissão e o impacto que está tendo hoje no mundo.

Hoje, segundo divulgado, o Canadá confirmou mais um caso da variante ômicron do coronavírus. A nova variante foi detectada em um viajante que retornou recentemente ao país vindo da Nigéria.

No caso da Covid-19, os cientistas até o momento identificaram cinco linhagens que foram especialmente bem-sucedidas nessa evolução. Elas foram batizadas com as letras gregas Alfa, Beta, Gama, Delta e Ômicron. Entre os pesquisadores, são chamadas de VOC, da sigla em inglês para “variantes de preocupação”.
O diretor-adjunto da Opas/OMS (Organização Pan-Americana da Saúde, um braço da Organização Mundial da Saúde), Jarbas Barbosa, afirmou à CNN nesta segunda-feira (29) que “enquanto houver baixa vacinação, o vírus circulará sem controle”.
Segundo ele, a baixa vacinação em alguns dos países mais pobres do mundo é um perigo para toda a população mundial, e isso está relacionado à concentração de vacinas em países desenvolvidos.
Segundo a doutora Angelique Coetzee, que descobriu a variante, a variante Ômicrom responde pelas internações nos hospitais. Inclusive algumas das pessoas infectadas estão sendo tratadas em casa. E a cepa não foi detectada em indivíduos vacinados.

Angelique Coetzee, a médica sul-africana que primeiro identificou a nova variante ômicron do coronavírus, diz que os pacientes infectados até o momento mostram "sintomas extremamente leves" — mas mais tempo ainda é necessário para avaliar o efeito em pessoas vulneráveis.
Ela conta que o primeiro caso foi identificado por volta de 18 de novembro.

A variante ômicron do coronavírus é rara e possui um elevado número de mutações, o que a tornaria altamente transmissível. Por isso está sendo categorizada como variante de preocupação.
Pessoas infectadas com a variante ômicron apresentam sintomas leves, como dores musculares, cansaço e mal-estar por 1 ou 2 dias, disse a médica sul-africana, Angelique Coetzee, que também é presidente da Sama (Associação Médica da África do Sul na sigla em inglês).
A cepa identificada no dia 26 de novembro de 2021, na África do Sul, também pode causar tosse no hospedeiro, mas até o momento as autoridades do país não registraram sintomas considerados mais perigosos, como a perda de paladar e olfato. As informações são do site Sputnik.
A origem desta nova cepa é atualmente desconhecida, mas os pesquisadores sul-africanos foram os primeiros a anunciar sua descoberta em 25 de novembro. Casos foram relatados naquele dia em Hong Kong e Botswana. Um dia depois, foi a vez de Israel e da Bélgica.
Mutações:
Em 23 de novembro, os pesquisadores descobriram uma nova variante com uma “constelação muito incomum de mutações”. Alguns conhecidos, muitos novos.
Tem “o maior número de mutações que vimos até agora”, explica à AFP, Mosa Moshabela, professor encarregado de pesquisa e inovação da Universidade de KwaZulu-Natal (sudeste da África do Sul). “Alguns já foram vistos em delta e beta, mas outros são desconhecidos e não sabemos como essa combinação de mutações ficará.”
Na proteína espícula, chave para a entrada do vírus no corpo, os pesquisadores observaram mais de 30 mutações, um elemento importante se comparado a outras variantes perigosas.
Transmissão:
A velocidade com que novos casos diários de covid-19 estão aumentando na África do Sul, muitos relacionados ao ômicron, sugere que isso se deve à forte capacidade de transmissão da cepa.
A taxa diária positiva para o coronavírus aumentou rapidamente semana passada, de 3,6% na quarta-feira, para 6,5% na quinta-feira e para 9,1% na sexta-feira, de acordo com dados oficiais.
“Algumas das mutações que vimos no passado permitiram que o vírus se propagasse com mais rapidez e facilidade. Por isso, suspeitamos que essa nova variante se espalhe muito rapidamente”, explica o professor Moshabela.

Imunidade e vacinas:
A julgar por alguns casos de reinfecções, “muito mais numerosas do que nas ondas anteriores” da pandemia, pode-se pensar que a variante prevalece sobre a imunidade, diz Moshabela com base nos primeiros dados disponíveis.
Isso poderia reduzir a eficácia das vacinas, a um grau que ainda não foi determinado.
Gravidade da doença:
É o grande desconhecido. Passou-se menos de uma semana desde que a variante foi detectada, deixando muito pouco tempo para determinar clinicamente a gravidade dos casos.
Infelizmente, nem sempre podemos prever como a pandemia continuará a evoluir. Mais recentemente, essa foi a nova cepa encontrada, que já bloqueou as viagens de países africanos para os Estados Unidos. Como relata a CNN:
Os principais destinos de viagens, incluindo a União Europeia, Japão, Austrália, Estados Unidos e Canadá, passaram a bloquear voos de países africanos após a descoberta da variante ômicron, ecoando respostas de emergência anteriores que desencadearam um congelamento global nas viagens.
Poucas horas depois de a variante ser detectada, todos os passageiros voando para fora da África ficaram desnorteados. Pedidos de quarentena foram emitidos e centenas de planos de férias e viagens cancelados.
Posicionamento dos Estados Unidos frente aos casos de ômicron:
